Nossa organização nasceu na rua. No início dos anos 1990 a fome e o desemprego atingiam milhares de pessoas. Para enfrentar essa situação, um grupo de agentes sociais formou um Comitê de Combate à Fome e ao Desemprego. Reuníamos as famílias necessitadas e então percorríamos as ruas, de casa em casa, arrecadando alimentos e roupas. Toda coleta era repartida igualmente entre os participantes da Campanha.
Em 1993, junto com outras iniciativas, conquistamos em São Paulo cota de distribuição de leite para as pessoas organizadas em associações. Então, fundamos a APOIO para ter acesso a este programa. Este Comitê realizou dezenas de Campanha Contra a Fome, reuniu cerca de 600 famílias. Desse modo, passou a pleitear políticas públicas dos governos, como o Programa de Renda Mínima; os Restaurantes Populares (atual Bom Prato) e Armazéns Sociais (tipo Sacolão, onde o produtor pode vender direto aos consumidores). Em parceria com algumas entidades internacionais (CAFOD, PPM, DP e MISEREOR) ligadas às igrejas católicas e protestantes, a APOIO se estruturou e passou a organizar e apoiar os sem-teto, como forma de combate à fome. Dizíamos: “Se comer não paga aluguel e se paga aluguel não come”. Continuamos o apoio a projetos habitacionais e a convite do poder público de municípios e Estado, desenvolvemos projetos de atendimento à população em situação de rua, creches e Bom Prato.
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